Mapa Cultural de Várzea Alegre - ASSOCIAÇÃO CULTURAL AFRO BRASILEIRA MARACATU NACÃO PICI

Coletivo

ASSOCIAÇÃO CULTURAL AFRO BRASILEIRA MARACATU NACÃO PICI

Descrição curta

Maracatu Nação Pici é uma agremiação carnavalesca fundada em 2009 no bairro Planalto Pici, Fortaleza. Originou-se de um projeto escolar que homenageou figuras históricas do Ceará. Sob a coordenação de Carlos Brito, o grupo cresceu rapidamente, unindo cerca de 250 brincantes e tornando-se uma referência cultural na região.

A sede do Maracatu serve como espaço vital para ensaios e atividades culturais, promovendo a cultura afro-brasileira por meio de eventos como a Semana da Consciência Negra e o projeto "Educação Não Tem Cor", que combate o racismo. O grupo destaca-se nos desfiles de carnaval e realiza eventos como o Festival de Inverno, promovendo intercâmbios culturais. Com iniciativas como as Oficinas de Percepção e Representatividade, o Maracatu Nação Pici é um agente transformador que valoriza as tradições afrodescendentes e promove inclusão na comunidade.

Sobre
Responsáveis
Agenda

E-mail: climabrito2005@yahoo.com.br

Telefone Público: (85) 99932-5976

Endereço: Rua da Assunção, 423, sala 102, Centro, 60050-010, Fortaleza, CE

Estado: CE

Município:

CEP: 60050-010

Logradouro: Rua da Assunção

Número: 423

Complemento: sala 102

Bairro: Centro

Descrição

O Maracatu Nação Pici, fundada em 2009 no bairro Planalto Pici em Fortaleza, como uma expressão autêntica da cultura afro-brasileira. Sua origem remonta a um projeto escolar desenvolvido no Adroaldo Teixeira Castelo, onde, em 2003, alunos participaram do Festival de Artes promovido pela Prefeitura de Fortaleza. Durante este evento, o grupo, inicialmente chamado de Nação Pici, homenageou figuras icônicas da história do Ceará com o apoio e incentivo da comunidade escolar.

Desde o início, o Maracatu Nação Pici estabeleceu uma forte conexão com a comunidade local. Sob a coordenação de Carlos Brito, o grupo rapidamente se expandiu, ultrapassando os muros da escola e se transformando em uma referência cultural na região. Em 2009, o grupo ganhou as ruas, unindo quase 250 brincantes que incluíam crianças, adolescentes, jovens e adultos. Essa mobilização foi impulsionada pela necessidade de criar espaços de atividades socioculturais no bairro, onde os jovens enfrentavam a falta de opções.

A sede provisória do grupo, localizada na Rua Alagoas, nº 2240, tornou-se um espaço vital para ensaios, oficinas e outras atividades culturais. A Associação Cultural Afro-Brasileira Maracatu Nação Pici (ACAMPI) desempenha um papel fundamental na promoção da cultura de matrizes africana, realizando diversas iniciativas ao longo do ano. Entre as ações mais significativas, destaca-se a Semana da Consciência Negra, que inclui palestras, oficinas de culinária afro-brasileira, e a escolha da beleza negra, além de cortejos e exposições das indumentárias do Maracatu em escolas da comunidade.

Um dos projetos marcantes do grupo é o "Educação Não Tem Cor," que busca combater o racismo e promover a inclusão social na comunidade. Este projeto foi reconhecido e premiado pelo Ministério da Cultura em 2012, ressaltando o impacto positivo do Maracatu Nação Pici. A loa “Filhos do Transcendental” que narra a história e a resistência da cultura afro-brasileira, conquistou o primeiro lugar no Edital de Concurso Público da Secretaria de Cultura de Fortaleza (SECULTFOR), sendo gravada em um CD comemorativo ao lado de outras obras.

Somos uma agremiação oficial do carnaval de Fortaleza que se destaca por participar dos principais eventos de negritude no estado. Considerado um dos maiores maracatus de Fortaleza, tanto em tamanho quanto em títulos conquistados, o grupo tem se destacado nos desfiles de carnaval da Av. Domingos Olímpio, abordando temas relevantes para a cultura popular no ceará. Em 2015, a apresentação sobre a Escrava Anastácia, uma figura emblemática da história negra, rendeu ao grupo a terceira colocação no desfile oficial de Fortaleza. Em 2016, o tema “Pici Assunção, Odoyá Bate Forte o Coração” celebrou os 290 anos de fundação da cidade de Fortaleza, reforçando a identidade cultural local e a importância do bairro na história da cidade.

Nos anos seguintes, o Maracatu Nação Pici continuou a expandir suas atividades. Em 2020, o grupo realizou o Festival de Inverno do Maracatu, promovendo uma série de oficinas e apresentações que reavivaram a tradição do maracatu na região. Já em 2021, os Encontros de Maracatus reuniram grupos de várias localidades, fortalecendo laços e promovendo intercâmbios culturais.

Em 2023, o tema do desfile foi “Pici: Terra de Encantos e Resistência” que não apenas celebrou a cultura local, mas também ressaltou a luta da comunidade por reconhecimento e valorização. O desfile atraiu uma multidão, unindo a população em uma festa de resistência cultural, promovendo a diversidade e a inclusão.
Para 2024, o Maracatu Nação Pici lançou o projeto de Oficinas de Percepção e Representatividade, que visa capacitar jovens para que se expressem artisticamente e discutam a importância da representatividade na cultura afro-brasileira. Essa iniciativa busca não apenas preservar as tradições do maracatu, mas também inspirar novas gerações a se envolverem na luta pela valorização da cultura afrodescendente.

O Maracatu Nação Pici é, portanto, muito mais do que um grupo de carnaval; é um agente transformador da sociedade, promovendo inclusão, educação e valorização das tradições populares de matrizes africanas. Suas ações contribuem para o fortalecimento da identidade cultural e a promoção da diversidade, criando um legado significativo que ressoa nas vozes e corações da comunidade.